Segundo o Banco
Mundial, em 2013 o Canadá posicionou-se no 11º lugar do ranking das maiores economias, o que não
surpreende tendo em conta que se trata de uma das economias mais desenvolvidas,
aberta e muito competitiva, com um elevado nível de vida e que integra o G8
(grupo restrito que reúne os 8 países mais industrializados e desenvolvidos).
Nos próximos 5 anos, de acordo com as projeções avançadas pelo The
Economist Intelligence Unit (EIU), e com a previsível retoma dos principais
parceiros comerciais do Canadá, deverá diminuir o défice dos bens o que, no
entanto, não será suficiente para anular os défices das balanças de serviços e
de rendimentos. Em 2018, final do período projetado, o défice da balança
corrente deverá situar-se em 1,9% do PIB, o que não deverá colocar a risco a
captação de fluxos de financiamento.
De acordo com os dados publicados pela United Nations Conference on
Trade and Development - UNCTAD, o Canadá registou em 2012, em termos absolutos,
um maior contributo para o investimento internacional, contudo ainda abaixo dos
níveis de 2008. Em 2012, o país foi o 10º recetor de investimento direto
estrangeiro (IDE) e o 7º maior investidor, com crescimentos em relação a 2011
de 9,2% e 8,2%, respetivamente. De referir que em 2008 posicionava-se no 9º
lugar como recetor de IDE e no 6º como emissor.
No período de 2008-2012 a média anual do investimento estrangeiro
realizado no Canadá foi de aproximadamente 40 mil milhões de United States
Dollar (USD) e do investimento realizado por agentes económicos do Canadá em
mercados externos, rondou os 51,5 mil milhões de USD.
Segundo o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da
Economia, 66,2% dos produtos industriais transformados exportados de Portugal
para o Canadá, em 2012, continham um grau de intensidade tecnológica baixa,
22,3% média-baixa e 3,3% alta. Em 2008, 51,2% dos produtos tinham um grau de
intensidade baixa, 36,5% média-baixa e 2,7% alta.
De acordo com os dados publicados pelo INE, em 2012, o número de
empresas em Portugal que exportaram para o Canadá foi de 1.165, mais 43 do que
em 2011.
No Canadá não
existe uma agência única com responsabilidades sobre os vários aspectos
legislativos, políticos e económicos do investimento directo estrangeiro (IDE),
repartindo-se estas matérias por três organismos principais, que têm
competências directas na área do Investimento: o Industry Canada; o Canadian
Heritage Department (para os investimentos na área da
cultura), e o Department
of Foreign Affairs, Trade and Development, que engloba o
departamento apelidado Invest
in Canada / Canadian Trade
Commissioner Service.
Assim,
aquisições diretas, totais ou parciais de sociedades nacionais, por parte de
investidores estrangeiros residentes em países membros da Organização Mundial
do Comércio (OMC) - caso de Portugal, com valores superiores a 354 milhões de
dólares canadianos (limiar em vigor para 2014), têm de obedecer a um processo
de análise/autorização prévia. Se o investimento ocorrer no setor da cultura
(rádio, televisão, revistas, jornais, etc.) / Cultural
Sector Investment Review o limiar a partir do qual é necessária
análise/autorização prévia desce para 5 milhões de dólares canadianos.
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