As exportações aumentaram 4,0% e as importações diminuíram 1,4% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, permitindo uma recuperação de 661,3 milhões de euros no défice comercial e uma subida da taxa de cobertura para 86,1%, divulga hoje o INE.
No trimestre terminado em fevereiro, as exportações de bens tinham crescido 1,7% e as importações tinham recuado 4,0% em termos homólogos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no final de março o défice da balança comercial portuguesa tinha recuado 661,3 milhões
de euros para 1.968,7 milhões de euros e a taxa de cobertura tinha aumentado 4,4 pontos percentuais (p.p.) para 86,1%. Considerando apenas o mês de março, as exportações de bens aumentaram 10,9% e as importações de bens aumentaram 10,1% face ao mês homólogo (+3,9% e -4,1% em fevereiro de 2015, respetivamente). Em termos das variações homólogas mensais, em março, quer as exportações, quer as importações aumentaram principalmente devido à evolução do comércio intra-União Europeia (UE): no primeiro caso, sobretudo nas categorias de outros produtos, máquinas e aparelhos, metais comuns e combustíveis minerais e nas importações pelo impulso dos veículos e outro material de transporte, produtos químicos e máquinas e aparelhos. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em março de 2015 as exportações aumentaram 8,4% e as importações aumentaram 9,2% face ao mês homólogo (respetivamente +2,0% e +5,7% em fevereiro de 2015). Já no que se refere às variações face ao mês anterior, em março as exportações aumentaram 10,2%, em resultado da evolução registada tanto no comércio intracomunitário como no comércio extracomunitário (destacando-se os minerais e minérios e máquinas e aparelhos). Quanto às importações, aumentaram 17,1%, essencialmente em resultado da evolução do comércio intra-UE (em especial devido aos produtos químicos, veículos e outro material de transporte e produtos agrícolas). Analisando apenas o comércio intracomunitário no primeiro trimestre, o INE dá conta de um aumento de 5,2% das exportações e de 2,2% das importações face ao período homólogo, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 80,9% e um défice de 2.109,6 milhões de euros. Em relação ao mês anterior, as exportações intra-UE aumentaram 7,3% em março e as importações intra-UE aumentaram 15,9%. No que se refere ao comércio extracomunitário, no primeiro trimestre de 2015 as exportações aumentaram 0,8% e as importações decresceram 12,4%, em termos homólogos, o que resultou num excedente de 140,9 milhões de euros e numa taxa de cobertura de 104,5%. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações extra-UE decresceram 0,1% e as importações aumentaram 0,2%, situando-se o saldo da balança comercial extra-UE num excedente de 981,4 milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 152,5%. Em março, face ao mês homólogo, as exportações para os países terceiros aumentaram 11,0% e as importações aumentaram 15,8%. Já relativamente ao mês anterior, em março de 2015 as exportações extra-UE aumentaram 18,3% e as importações extra-UE aumentaram 21,7%, notando o INE que a evolução nas importações extracomunitárias de combustíveis minerais resultou, fundamentalmente, do aumento em volume, dado que o preço de importação do petróleo bruto (crude) se manteve ainda abaixo dos preços registados em 2010. Numa análise por grandes categorias económicas, no primeiro trimestre de 2015, face ao período homólogo, destacam-se nas exportações os acréscimos nos combustíveis e lubrificantes (+8,9%), nas máquinas, outros bens de capital e seus acessórios (+7,3%) e no material de transporte e acessórios (+6,2%). No que se refere às importações, salienta-se a redução de 30,1% nos combustíveis e lubrificantes, sobretudo nos produtos primários, enquanto as importações de material de transporte e acessórios registaram o maior aumento (+19,2%).
Fonte: Açoriano Oriental
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