terça-feira, 31 de março de 2015

Quem viaja de low cost para S. Miguel pode ir a outras ilhas a custo zero

É um dia histórico para os Açores. Arrancou este domingo a liberalização das ligações aéreas entre o Continente e a Ilha de São Miguel. Para já, a easyJet e a Ryanair só irão voar para Ponta Delgada, mas o Governo Regional dos Açores quer fazer chegar o impacto desta liberalização a todo o arquipélego e, por isso, vai permitir que os passageiros das low cost, tal como já acontece com os passageiros da TAP e da SATA, possam recorrer ao sistema de encaminhamento gratuito.
Significa isto, no fundo, que quem voar de easyJet ou de Ryanair para São Miguel poderá voar depois, sem pagar mais por isso, para as outras ilhas do arquipélago.

Os passageiros que viajem do Continente ou do Funchal para Ponta Delgada terão apenas de declarar à companhia áera na qual viajam que o destino final é outra ilha, não podendo ficar mais de 24 horas na ilha de São Miguel.
O encaminhamento é assegurado pela SATA, que está "obrigada contratualmente a disponibilizar [este] serviço, sem encargos para o passageiro", refere a companhia.
O Governo já tinha uma fatia do orçamento destinada a este serviço e essa fatia não será aumentada.
"Mantemos o apoio nacional aos Açores, do Orçamento de Estado, de 16 milhões de euros.
Esse valor pode ser redistribuído por diversas parcelas, como o Governo Regional melhor entender, e o Governo Regional decidiu reservar uma parcela entre os 4 e 5 milhões de euros para o sistema de encaminhamentos", adianta Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, ao Dinheiro Vivo.
Considerando que a liberalização das ligações aéreas vai levar a um grande aumento de passageiros, o governo terá de avaliar se esse valor "será suficiente", admite Sérgio Monteiro.
Seja como for, acrescenta o secretário de Estado, "ainda que o custo efetivo seja superior a esse montante, parece-me que o desenvolvimento económico que haverá em todas as ilhas terá um valor muito maior do que esse custo".
Questionado pelo Dinheiro Vivo, Luís Parreirão, presidente da SATA, referiu que não presta declarações sobre este assunto e remeteu para um documento oficial da companhia aérea, que explica o funcionamento do sistema de encaminhamentos.
Fonte: Dinheiro Vivo

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