Hoje vamos apresentar o mercado de
exportação da Rússia.
Breve contexto
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Uma das 10 maiores economias mundiais.
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Eventual adesão à Organização Mundial
do Comércio (OMC), permitirá a redução das taxas e de outros entraves à
importação.
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80% dos consumidores residem na parte
europeia do território.
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12 Cidades com mais de 1 milhão de
habitantes.
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Moscovo como centro de importações, da
distribuição de mercadorias, do capital em circulação no país e, ainda, de todo
o comércio de retalho da Rússia.
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Moscovo e S. Petersburgo detêm as
melhores acessibilidades, infra-estruturas e serviços, sendo ainda sede das
principais e maiores empresas russas e das filiais estrangeiras a operar no
mercado.
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Moscovo e
S. Petersburgo (cerca de 20 milhões de
habitantes) onde os consumidores têm o maior nível de rendimento e poder
aquisitivo.
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Cerca de 15% da população russa detém
um elevadíssimo poder de compra, com propensão para o luxo, gosto pela
ostentação e enorme apetência pelos produtos de origem europeia.
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Há cera de 150.000 cidadãos com
reservas monetárias superiores a 1 milhão de dólares.
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Calcula-se que haja mais milionários em
Moscovo por m2 do que em Nova Iorque.
Forças
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Estabilidade política do país.
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Recursos humanos qualificados.
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Boa qualidade do sistema de ensino.
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Esforço para simplificar burocracias,
procedimentos normativos, fiscais e administrativos.
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Facilitação na instalação de novas
empresas.
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Esforço na diminuição da corrupção.
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Existência de 9 voos directos semanais
Lisboa-Moscovo.
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Boas relações institucionais entre
Portugal e a Rússia.
Fraquezas
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Moscovo é a 4ª cidade mais cara do mundo
e a 1ª da Europa.
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Arrendamento urbano muito caro.
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Grandes distâncias entre as principais
cidades com poder de compra, implicando elevados preços nos transportes.
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Língua como principal obstáculo ao
negócio.
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Empresas devem usar o russo no contacto
comercial e na promoção escrita e documental.
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Dificuldades na obtenção de informação
qualificada sobre parceiros locais.
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Informação disponível sobre ambiente de
negócios insuficiente.
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Dificuldade no acesso a diretórios
comerciais.
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Economia informal assume espaço
relevante na economia global.
Para vender e investir na Rússia, é
crucial ….
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Estar consciente dos custos iniciais e
respectivo retorno de longo prazo.
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Ter um parceiro local fiável.
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Falar russo ou, em alternativa, dispor
de tradutores idóneos para as reuniões, contactos e escrita.
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Deter uma estratégia negocial bem
definida e dispor de um bom advogado.
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Participar nas principais feiras
internacionais que se realizam no mercado, embora dispendiosas. É o ponto de
encontro, por excelência dos operadores económicos.
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Contar com o espírito conservador
russo, avesso à mudança.
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Demonstrar flexibilidade comercial e
industrial à medida do cliente.
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Apostar na qualidade do produto/serviço
a oferecer.
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Garantir um bom serviço pós venda. Este
aspecto tem sido fundamental na manutenção de bons contratos portugueses no
mercado.
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Saber que a Federação Russa pode impor
normas do contrato-tipo sobre os contratos comerciais ou de investimento,
celebrados entre russos e estrangeiros. As normas do contrato-tipo da Federação
prevalecem sobre as contratadas entre as partes.
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Harmonizar os conteúdos dos contratos
com as normas federais ou estaduais.
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Incluir no contrato comercial a
celebrar com o distribuidor a permissão para efectuar a distribuição dos
produtos pelo território russo.
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Perceber o funcionamento do sistema
alfandegário e da economia informal.
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Estar prevenido para as dificuldades na
alfândega na Rússia.
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Conhecer a demora ao nível do
desalfandegamento, sobretudo de bens perecíveis.
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Dispor de um transitário ou despachante
experiente e competente no mercado.
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Incluir cláusulas contratuais claras e
inequívocas que garantam que as diligências e despesas inerentes à correcção
formal exigida na importação fiquem a cargo do importador ou distribuidor.
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Acordar previamente que o pagamento se
faça no momento da encomenda.
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Saber das dificuldades no envio de
amostras para o mercado.
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Saber que as transportadoras como a DHL
não fazem transporte de líquidos para a Rússia, entre outros, vinhos.
Numa relação comercial com o mercado
russo, deve…
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Estar disponível para convidar os
importadores/clientes russos a visitar a produção portuguesa.
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Estar disponível para deslocações ao
mercado sempre que necessário.
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Privilegiar os contactos pessoais,
tanto em Portugal como na Rússia. A regra de ouro é: “Mais vale uma vez ver, do que
mil vezes ouvir”
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Optar, sempre que possível, pelo
transporte da mercadoria habitual por grupagem.
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Certificar e registar junto da
Alfândega todos os produtos alimentares destinados a amostragem em feiras no
mercado.
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Saber que os produtos alimentares e os
brindes, não sendo reexportáveis, estão sujeitos às formalidades aduaneiras.
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Apresentar os produtos ao consumidor
russo de forma cuidada e profissional.
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Saber que o consumidor final dá muita
atenção à apresentação do produto.
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Analisar e definir o melhor modelo de
contratação dos produtos junto dos importadores. A exclusividade deve assentar
em objectivos de venda e resultados alcançados. Ter em atenção eventuais
práticas de contrafacção.
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Obter visto de turismo para as
deslocações de curta duração ao mercado. Uma simples menção à participação numa
feira, pode dificultar a obtenção do visto.
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Ter em atenção que não há vantagem na
prospecção de mercado ou negócio nas zonas orientais do território, pelo
baixíssimo índice populacional e com um reduzido poder de compra.
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Contar que o primeiro contacto dos
russos é distante mas, havendo continuidade, passa a ser caloroso. Pode até
sê-lo em excesso para os nossos hábitos (por exemplo, nunca se deve recusar
beber vodka, habitualmente oferecido).
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Ter em conta nas estratégias
promocionais que a clientela russa aprecia eventos fora do comum, com novidade,
extravagância e até excentricidade de imagem.
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