A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) considera que o atual modelo de transporte marítimo de mercadoria deve ser alvo de estudo.
Num comunicado ontem remetido ao DI, o organismo representativo dos empresários açorianos reafirma a sua posição de que "é necessário, com base em estudos independentes e credíveis, reequacionar o modelo de transporte marítimo de mercadorias, atividade que deve continuar a ser desenvolvida exclusivamente por agentes económicos privados".
A CCIA lamenta que o parlamento açoriano não tenha aprovado, na semana passada, uma proposta de resolução do CDS/PP para a realização de um estudo sobre o transporte marítimo de carga na Região.
A proposta foi rejeitada pela maioria socialista no parlamento açoriano com o argumento de que o atual modelo de transportes marítimos de mercadorias é vantajoso para a Região, porque serve todas ilhas e não implica ajudas aos três operadores que asseguram as ligações com o continente e inter-ilhas.
De acordo com a CCIA, a realização de um estudo sobre os transportes marítimos de mercadorias "poderia ser um importante instrumento para a tomada de decisão políticas e empresariais, nesta área de importância fundamental para melhorar a competitividade das empresas e da economia regional".
Por outro lado, a CCIA congratulou-se com "a evolução positiva" que o turismo tem registado nos últimos meses pela sua "relevância" para a dinamização económica da Região.
"Esta evolução não pode, contudo, esquecer as situações menos positivas de Santa Maria e Graciosa, que tornam imperativo que sejam tomadas medidas adequadas e específicas, que venham contrariar a tendência negativa verificada nestas ilhas em 2015", refere o comunicado da CCIA.
Outro aspeto destacado pelos empresários açorianos é o aumento do endividamento do setor público empresarial que se tem registado nos últimos anos.
Na área do apoio às empresas e fiscalidade, a CCIA lamenta que não tenham sido tomadas medidas para a recapitalização das empresas privadas e que não tenha sido reposto o diferencial fiscal no IVA e no IRC.
Na mesma reunião, ficou decidia a realização de mais uma edição do Fórum CCIA no próximo mês de junho, "dando-se assim continuidade ao trabalho de análise, de reflexão e de debate sobre a situação socioeconómica regional, bem como de apresentação de propostas de soluções para os problemas da Região".
Foi também deliberada na reunião, realizada segunda-feira, em Angra do Heroísmo, a redistribuição de lugares na CCIA.
A presidência rotativa da CCIA foi assumida pelo presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, Sandro Rebelo Paim.
Os restantes cargos da direção da CCIA foram distribuídos pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, representada pelo seu presidente, Mário José Amaral Fortuna e pela Câmara do Comércio e Indústria da Horta, representada pelo seu presidente, Carlos Cruz Medeiros Morais.
Fonte: Diário Insular
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