sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Empresários da ilha Terceira pedem mais fiscalização em zonas turísticas

A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) alertou hoje para a necessidade de intervenções de manutenção e maior fiscalização da oferta turística, para garantir a sustentabilidade do setor na ilha Terceira, nos Açores. 

“Considera a CCAH de extrema importância uma avaliação minuciosa das necessidades de investimento pelas diversas entidades, de modo a garantir a sustentabilidade deste crescimento”, adianta, em comunicado de imprensa, a associação empresarial.

Entre janeiro e junho de 2017, a ilha Terceira registou um crescimento de dormidas na hotelaria tradicional na ordem dos 10,4%, em comparação com o período homólogo, de acordo com dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA), que indicam também um aumento da estada média e dos proveitos da hotelaria e da restauração.

A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo diz estar satisfeita com o aumento do fluxo de turistas e com o impacto positivo na economia da ilha, em vários setores, mas considera necessário assegurar a sustentabilidade desse crescimento.

Os empresários alertam para a “degradação e falta de manutenção e vigilância de alguns locais de visitação e lazer da ilha" para "os parques de estacionamento que se encontram diariamente lotados nos diversos pontos turísticos" e para a "falta de fiscalização a toda oferta turística”.

Nesse sentido, a associação empresarial sugere a integração de um conjunto de propostas nos próximos orçamentos do Governo Regional e dos municípios da ilha, adiantando que está disponível para “fazer parte de grupos de trabalho, de modo a aprofundar estas prioridades e levar a cabo a sua execução a breve prazo”.

Os empresários defendem, ainda, o reforço da vigilância e o condicionamento de veículos às Furnas do Enxofre, alegando que “tem sido evidente, e cada vez mais frequente, o desrespeito pelos limites da zona de visitação, danificando um património natural único nos Açores”, bem como a criação de estruturas de apoio a visitantes e a cobrança de entradas no local.

Também a gruta do Algar do Carvão deve ser preservada, na opinião da CCAH, que propõe a criação de um centro de interpretação e a limitação de acessos em simultâneo.

Os empresários querem, igualmente, a criação de um centro interpretativo da presença militar na ilha, num 'bunker' abandonado na serra do Cume, bem como a realização de estudos sobre o impacto da visitação dos trilhos pedestres e a criação de mais cinco trilhos oficiais até à próxima época alta.

A associação empresarial recomenda, também, a implementação de novas áreas marinhas protegidas, uma maior fiscalização do Parque Arqueológico Subaquático de Angra do Heroísmo, e a requalificação e conservação de zonas balneares e pontos de visitação.


Fonte: Lusa / AO Online


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